I
Zero, zero, zero!
Afunda-se!
Afoga-se!
A vida
já ão é nada,
Quando já nãose nada!
O mundo
Está ao rubro
Lá no fundo
Com um grande zero.!
Um buraco
Enorme
Lá na cratera!
II
Em virtude
da pecaminidade
DEPOIS DO DILÚVIO,
VEIO
O ALÍVIO!
I
Zero, zero, zero!
Afunda-se!
Afoga-se!
A vida
já não é nada,
Quando já não se nada.
O mundo
Está ao rubro
Lá no fundo
Com um grande zero.!
Um buraco
Enorme
Lá na cratera!
Um sufoco
Nesta terra
Por cada espécime.
II
Deus decide
Inundar a terra
Em virtude
Da profundidade
Do estado pecaminoso
Da humanidade,
Por assim dizer, o juízo
Final
Sobre o universo.
(Segundo Génesis da Bíblia Hebraica)
OH! Esta humanidade
Perdida,
Castigada,
Punida,
Fustigada!
A arca
De Noé
Onde embarca
Todas as espécies
De animais
Para a salvação
Da punição
Dos pecados
Colossais
Cometidos
Pelos humanos!
O castigo,
A fúria da Criação
Pelos comportamentos indignos
Dos seus filhos,
Pelos trilhos
Conduzidos
Pelo puro
E mero
Umbigo
Até
A exaustão!
IV
Noé e a sua família,
Os representantes
De todos os animais
Da Terra
Dentro da arca
São salvos dessa fúria
Da Criação
Para a continuidade
Da própria
Humanidade
E todos os que estão fora
Da arca
Perecem,
Morrem!
Haverá
Um outro dilúvio
Para a purificação
Dessa nossa sociedade
Cheia de crueldade?
Haverá
Um outro
Dilúvio
Para tornar mais puro
O espaço Terra,
Para que não haja mais sofrimento,
Mais tormento,
Para que haja mais alívio ?
Ou Deus quebrará
A sua promessa
De nunca
Mais Dilúvio,
De nunca
A necessidade
Da construção
Da arca
Para embarcar toda a criação
E fazer a justiça?!
Até parece
Que já não estou
Empregado,
Que não trabalho
Com esta crise
Constante
E permanente!
III
Prestes
A perecer,
Quando já nada
Tenho para dar
As minhas queridas filhas!
A pé, galgando,
Vagueando
De casa
A Outlet Strada,
Centro Comercial de Odivelas,
NA Loja de Cidadão
Para saber dos abonos
Das minhas filhas,
Que já não foram
depositados na minha conta
Desde Junho findo..
IV
A Neuza,
Mais uma vez,
Vem tirar-me do poço,
Do fosso,
Do buraco,
Enviando 68 Euros!
Onde já estava mergulhado.
Da loja do Cidadão, informaram-me que os abonos das crianças foram
suspensos, cortados, pois têm os documentos caducados desde 10 de Maio de 2015
e que só serão repostos quando apresentar os documentos válidos passados pelos
SEF.
Depois destas informações, tive que regressar a casa a fim de
trazer de novo os recibos comprovativos dos pedidos das duas autorizações de
residência, indo outra vez a pé, porque nem um cêntimo tinha nos meus bolsos e
nem para comprar fosse o que fosse!
A pé, aproximadamente uma hora, pare no NOVO BANCO, em Odivelas,
para verificar se a Neuzanda já depositou ou não o dinheiro que lhe tinha
pedido.
Um alívio depois do dilúvio !- 68 Euros! A salvação da pesada
punição em virtude dos meus colossais pecados! Já não podia andar do novo carro
por falta de dinheiro! Estava completamente condenado! Assim completei o
percurso até à casa, almocei e saí com as minhas meninas para ir abastecer o
carro(5 Euros) a fim de levar os recibos comprovativos do pedido de renovação
da documentação nos SEF à Loja do Cidadão.
Entreguei os documentos a senhora, mas uma outra e que me disse
que estes documentos não servem para o efeito, porque não constam os números
das autorizações de residência. Que fazer? Esperar pacientemente até o dia que
os documentos estiverem prontos e logicamente, esperar o dia vinte e três, o
dia da salvação e da libertação desta situação dolorosa e triste como cidadão
comum!
PÓVOA DE SANTO ADRIÃO(2ª FEIRA, 14H45MINUTOS), 20 DE JULHO
DE 2015.
KANKAMBALL ( NDO)